Por redação 24 de novembro de 2025 – Cezar Relator
A reação popular diante da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ficou muito abaixo do que muitos parlamentares e líderes de direita imaginavam. E isso não aconteceu por falta de apoio, mas por falta de resultado.
De 2018 para cá, o Brasil viu mobilizações impressionantes, milhões de pessoas indo às ruas, dando a cara, enfrentando sol, chuva, críticas e até perseguição. Mas, no final, o cidadão comum — aquele que acredita, que defende, que vota — não viu mudanças concretas. Ele foi para a rua, gritou, lutou… e nada aconteceu. E quando o povo percebe que doa energia e tempo sem retorno, o desânimo chega. É natural.
Enquanto isso, parte dos deputados, senadores e políticos que se dizem de direita parecem viver em uma bolha. Uma bolha onde like vira voto, onde curtida se transforma em mobilização, e onde o discurso nas redes substitui resultado na vida real. Só que não substitui. O eleitorado cansou de barulho e cobrança sem entrega. Cansou de discursos inflamados e promessas vazias. Cansou de gente que fala grosso, mas não articula nada no Congresso. Gente que reage a tudo, mas resolve nada.
Essa fraca mobilização popular não é culpa do povo. É reflexo direto da falta de efetividade política daqueles que deveriam estar entregando soluções e resultados — e não apenas lives, fotos e frases de efeito.
Está na hora de muita gente da direita acordar para a realidade:
👉 Sem resultado, não tem mobilização.
👉 Sem articulação, não tem rua.
👉 Sem entrega, não tem base engajada.
Se os políticos que se dizem líderes do movimento querem ver novamente as massas nas ruas, precisam primeiro mostrar trabalho. Mostrar coragem legislativa. Mostrar estratégia. Mostrar que são capazes de construir e entregar algo concreto para quem confiou neles.
Porque mobilização popular não nasce de likes.
Nasce de confiança, e confiança só existe quando há resultado.
