
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele e passará a ser acompanhado clinicamente para reavaliação constante de seu estado de saúde. A condição foi identificada durante exames realizados no último domingo (14), segundo informações da equipe médica responsável.
De acordo com o boletim divulgado pelo hospital DF Star, em Brasília, foram detectadas duas lesões cutâneas com presença de carcinoma de células escamosas — um tipo de câncer considerado de risco intermediário. Conforme explicou o médico Cláudio Birolini, trata-se de uma condição que não está entre as mais leves, mas também não configura os quadros mais graves da doença.
Bolsonaro recebeu alta após passar a noite internado no hospital, onde deu entrada apresentando crise de vômito, soluços, tontura, queda de pressão arterial e anemia. Durante a internação, exames apontaram persistência da anemia, indícios de resíduo de pneumonia e alterações na função renal. Uma ressonância magnética foi realizada para investigar os episódios de tontura, mas não foram encontradas alterações significativas.
Além disso, o ex-presidente teve lesões cutâneas removidas para biópsia, que confirmaram a presença do câncer de pele. A equipe médica recomendou acompanhamento clínico contínuo e reavaliações periódicas para definir os próximos passos do tratamento.
Prisão domiciliar e condenação
Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após o descumprimento de medidas cautelares no âmbito do inquérito que apura tentativa de obstrução de Justiça no caso da trama golpista.
Na semana passada, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.